domingo, 5 de janeiro de 2014

A Importância do Mercado Livre: Portugal, Holanda e República Checa

 Todos sabemos que um dos princípios base que levou à criação da União Europeia tal como a temos hoje, foi o desejo de um mercado continental livre, em que pessoas e mercadorias pudessem circular livremente na Europa, sem estarem restringidas por fronteiras administrativas ou alfandegárias. Um dos efeitos lógicos da existência de um espaço de circulação livre de mercadorias é a intensificação do tráfego das mesmas, que agora podem chegar a qualquer lado do mercado comum sem estarem sujeitas a nenhum tipo de controlo aduaneiro.


Portugal, que aderiu à CEE em 1986, beneficiou com a entrada na comunidade ao ver um aumento nas suas exportações e, em contrapartida, um aumento de nas importações, que comprovam que a integração num mercado único pode não só favorecer uma economia, mas também pode ter um efeito negativo como o aumento do deficit da Balança Comercial.  


A estrutura das importações e exportações portuguesas foi-se alterando, sendo que em 2010, segundo a base de dados ‘Pordata’, os 5 produtos e serviços mais exportados foram: Serviço de transporte e armazenagem; Produtos têxteis, vestuário e de couro; Equipamento de transporte; Produtos alimentares, bebidas e da indústria do tabaco; Metais de base e produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos.

Em sentido contrário, as importações de maior peso foram: Equipamento de transporte; Minérios e outros produtos das indústrias extractivas; Produtos alimentares, bebidas e da indústria do tabaco; Produtos Químicos; Metais de base e produtos metálicos, excepto máquinas e equipamento.




Concluímos então que na economia portuguesa, para além dos serviços de transporte, as exportações de maior relevância estão assentes no sector I e II, sendo os bens industriais exportados de baixa tecnologia (roupa e calçado). Ao mesmo tempo verifica-mos então que, ocupando os minérios o 2º lugar nas nossas importações, Portugal encontra-se bastante dependente ao estrangeiro pois é desta categoria que advêm os recursos necessários à produção de energia.

No caso holandês, das mercadorias que saíram da Holanda, em 2008, destacam-se principalmente os Combustíveis e Óleos Minerais, Máquinas e Aparelhos Mecânicos e Máquinas e Aparelhos Eletrónicos, o que evidencia o elevado grau de desenvolvimento tecnológico da economia deste país face a Portugal. Mais uma vez, as exportações deste país da UE vão principalmente para outros países membros, podendo-se reafirmar a importância do mercado único para o dinamismo do comércio internacional.

A República Checa, por sua vez, assentar quer as suas importações, quer exportações, em máquinas e material de transporte, matérias-primas e combustíveis e produtos químicos, o que nos faz aperceber da importância do sector II para esta economia.




Quanto ao destino das suas exportações, a Espanha desempenha desde 86, ano em que também entrou no mercado único, o papel de maior importador de mercadorias portuguesas, que antes eram principalmente absorvidas pelas (ex-)colónias. Em 2011 Espanha representou 24.8% das exportações portuguesas, seguida da Alemanha com 13.6% e França com 12%.

Em termos de Importações, em 2012, Portugal comprava cerca de 32% das mercadorias entradas no país a Espanha, 11.5% à Alemanha e 6.7% à França, que se traduzem assim como sendo os três grandes parceiros comerciais portugueses, todos membros da UE, facto fundamental para a concretização desta realidade.

Para os Países Baixos, os principais importadores de produtos Holandeses foram, em 2012: Alemanha (26.5%); Bélgica (13.7%), França (8.8%) e Reino Unido (8%) e os que mais exportaram para o mercado holandês foram: Alemanha (13.8%), China (12%) e Bélgica (8.4%)

Na República Checa os parceiros importadores são Alemanha (29,5%), Polónia (7,7%), Eslováquia (7,4%) e os parceiros de exportação são Alemanha (31,8%), Eslováquia (9,1%), Polónia (6,1%).

Nós três casos vemos que a Alemanha desempenha um papel de destaque, seguida dos países vizinhos dos respectivos países (excepto a China) , na maioria membros da UE, mais uma prova da importância do mercado comum Europeu.


No fundo, o que a UE faz a estes países é permitir que estes façam chegar os seus produtos aos mercados dos países vizinhos sem a necessidade de acordos prévios, ao mesmo tempo que expõe o mercado desses mesmos países à concorrência externa, o que pode resultar numa balança comercial demasiado deficitária, tal como tem vindo a acontecer com Portugal que aumentou as suas importações ao entrar para a UE, enquanto que a República Checa alcança um excedente comercial com a sua entrada na UE em 2004.

Post de Francisco Tiago Carvalho e Joana MS Fialho.



Toda a informação, de textos e quadros/gráficos foi recolhida de sites como:
http://www.pordata.pt/;
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/;http://www.slideshare.net/exporthub/paises-baixos-holanda-ficha-de-mercado-exportao-e-investimento; www.indexmundi.com; http://www.portugalglobal.pt/.../PortugalFichaPais.pdf e http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2487803.

sábado, 4 de janeiro de 2014

What's the plan?


Estamos no início de 2014,a escola começa depois de amanhã e eu aqui a fazer o blog para a professora de Economia, já que o que tinha criado com a Joana eclipsou-se completamente, algures no cyber-espaço. A ideia parece ser simples, temos de ir postando aqui alguns trabalhos que a stora pedir e também alguns comentários de 'economista de bancada', so, enjoy!
FT